Judiciario Brasileiro em crise


A corregedora-nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, negou nesta quinta-feira (22) que tenha quebrado o sigilo de juízes e desembargadores e repassado os dados sigilosos.

Ela culpou as associações pelo vazamento de informações sobre pagamentos a magistrados que estão sob investigação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
“Só posso lamentar porque tudo isto é maledicência e de responsabilidade da AMB [Associação dos Magistrados Brasileiros], Anamatra [Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho] e Ajufe [Associação dos Juízes Federais do Brasil], associações que mentirosamente desinformam a população ou a informam com informações incendiárias, inverossímeis portanto”, disse.
Gabriel Wedy, presidente da Ajufe, chamou a declaração de "absurda". "A prática de fazer uma correição midiática e declarações sensacionalistas, como em que disse que existem bandidos de toga, é conhecida por todos. (...) A declaração dela é absurda, tanto é verdade que estamos entrando, à tarde, com um pedido ao Procurador Geral da República para que investique a quebra de sigilo de dados. Temos obrigação de esclarecer e apurar esse fato."
“A ministra conseguiu unir todo o judiciário contra ela, o STF, as associações, os magistrados", afirmou Wedy.
O presidente da Anamatra, Renato Henry Sant’anna, diz que entidade quer “garantir aos juízes e servidores a mesma proteção que todo cidadão brasileiro tem quanto ao sigilo fiscal e bancário” e que, portanto, não houve maledicência, “pois é uma ação judicial”.
Eliana Calmon convocou a imprensa nesta quinta-feira (22) para falar sobre o novo atrito instaurado no Judiciário após uma decisão provisória do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski suspender investigações do CNJ em 22 tribunais do país.
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