Bater em crianças para educá-las é um absurdo para alguns, mas tem grande aceitação cultural em diversas sociedades.
No Brasil, a prática é comum. Basta lembrar da polêmica gerada em torna da “Lei da Palmada”, um projeto de lei que pretendia proibir castigos físicos na educação de crianças.
Muitas pessoas não concordaram com o projeto, em nome do poder familiar e até mesmo da permissão bíblica ao “uso da vara” na educação. A lei não foi aprovada, pelo menos por enquanto, mas castigos físicos contra crianças já são ilegais em 32 outros países.
Uma nova pesquisa mostra que bater para educar não é apenas uma questão moral, mais que isso, pode trazer diversos problemas psicológicos para as crianças agredidas. Adultos que foram punidos fisicamente na infância tem maior risco de desenvolver transtornos mentais em comparação com aqueles que não receberam punições físicas, de acordo com o estudo.
Pesquisadores da Universidade de Manitoba, no Canadá, revelaram que, entre os adultos, 2% a 7% dos transtornos mentais – incluindo depressão, ansiedade, dependência de álcool, transtorno de pânico e paranoia – podem ser atribuídos à punição física que aconteceu durante a infância. O estudo não inclui as pessoas que sofreram abuso físico, sexual ou negligência emocional.
É importante que pais e médicos estejam cientes dessa ligação entre castigo físico e doenças mentais. A melhor saída, de acordo com pesquisadores, seria o fornecimento de informações sobre estratégias de disciplina alternativas.
Alguns pais devem achar saídas que não sejam “palmadas” difíceis de engolir – afinal, muitos de nossos próprios pais foram agredidos quando crianças e podem se considerar relativamente bem agora. Mas o novo estudo pode fazer com que os futuros pais repensem se a agressão é mesmo a melhor saída.
Fonte:[CNN/LiveScience/Foto]
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