Celebridades Paraenses é Contra Divisão

A maioria dos paraenses famosos é contrária à criação dos Estados de Carajás e Tapajós. Não é difícil imaginar a razão.
De acordo com uma das pesquisas de opinião do instituto Datafolha, cerca de 90% dos belenenses votará pelo "Não" - e é na capital que moraram quase todos os paraenses com fama nacional. Da mesma forma, a grande maioria dos que votarão no Sim estão no interior do Estado.

A mais notável defensora do Pará sem divisão é a cantora Fafá de Belém. Ela não só aceitou dar depoimento nos vídeos de campanha do "Não" - sem cobrar pelo cachê, como também fez a atriz Dira Paes -, como foi às lágrimas durante uma gravação. Para comover o eleitorado, foi justamente o vídeo do choro que foi colocado no ar. Nos últimos dias, Fafá tem usado sua conta na rede de microblogs Twitter (@fafadbelem) para convencer outras pessoas a votar contra a criação dos Estados de Carajás e Tapajós.
Além de gravar programas, Paulo Henrique Ganso, jogador do Santos, também doou camisetas autografadas para ajudar na campanha pelo "Não". Ele foi convencido pelo também paraense Ophir Cavalcante, presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e contrário à divisão. Companheiro de time, o lateral santista Marcos Rogério Lopes, conhecido como Pará, tem a mesma opinião, mas não participou diretamente da campanha.
A cantora Gaby Amarantos já gravou depoimento abraçando o "Não". Joelma e Chimbinha, da banda Calypso, se mantiveram um bom tempo sem opinar sobre o assunto. No último mês, o guitarrista anunciou que preferia o Estado do Pará com o território atual. Na ocasião, Joelma se manteve neutra. Da mesma forma, o lutador baiano Lyoto Machida - paraense de coração, segundo afirma, já que mora em Belém desde a infância - se esquivou de perguntas sobre o assunto. A assessoria de imprensa de Lyoto costuma repetir que ele não se envolve em política.
Entre os 10% de belenenses que apoiam a criação de Carajás e Tapajós está o rei da lambada, Beto Barbosa. O cantor postou em seu site um depoimento forte sobre o assunto, dizendo que o interior do Estado vive na escuridão da selva. "Nosso dever é amar nosso povo com os mesmos direitos e amor que damos aos nossos filhos da capital, que se beneficiam dos melhores hospitais, transportes públicos, sem precisarem viajar cinco horas de barco e mais uma hora de avião para levarem suas reivindicações à capital", escreveu.
Fonte:Terra
Por:FILIPE FARAON

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