Por que as Crianças não Bricam como Antigamente

Os educadores precisam entender, porque as crianças brincam?Como brincam? Qual a contribuição do brinquedo nas áreas de desenvolvimento da linguagem, da sociabilidade, motor, afetivo, cognitivo, para saber como melhor explorar os brinquedos numa ação pedagógica.


A criança brinca sozinha e individual, mas ao brincar em grupo desenvolve aprendizagem em diferentes aspectos, como a construção das relações sociais, cognitivas e afetivas. Brincar na rua pode ser bem diversificado do brincar na escola. Entretanto conteúdos pedagógicos podem ser articulados nas brincadeiras, porque aprender brincando é mais prazeroso.  Porque quando fazemos algo que realmente gostamos o resultado pode ser mais eficaz e significativo.

E quem não se lembra do seu tempo de criança, quando brincava na rua? No final da tarde quando chegava da escola e reunia aquela meninada para brincar lá fora com o consentimento dos nossos pais, ou avós. Lembra?

Era amarelinha, cabra cega, queimada, esconde-esconde, polícia e ladrão, pé na lata... A gente brincava de roda e, às vezes, até os meninos participavam! Como era bom. Esperávamos escurecer e a mãe chamar para então, a gente entrar. 

Hoje, as crianças têm outras diversões: TV, videogame, computador... São tempos modernos! Não dá mais para sair e brincar na rua, mesmo porque a violência impede as crianças de ficarem até mais tarde em frente de casa brincando com os colegas e/ou vizinhos. Hoje alguns adolescentes e até crianças, atravessam a noite junto ao computador. Claro que não dá, no mundo de hoje, para afastar as crianças da tecnologia.  Mas, será que não há mais espaço para se brincar daquelas coisas gostosas que faziam com que a gente não quisesse voltar pra casa no fim do dia? 

As brincadeiras de infância estimulavam a imaginação e a inteligência das crianças, sem falar no desenvolvimento social. A criança aprende a ter amigos. Mas amigos mesmo, daqueles que compartilham segredos e aventuras e não, que só conversam com a gente pela internet.

Ah... O passa-anel, o coelhinho sai da toca, o fogo-foguinho e o pular cachola, então? Simplesmente maravilhoso. Não precisávamos tanto de bens materiais, brinquedos eletrônicos... Nada era tão complicado. As crianças não tinham depressão! A gente dormia às nove horas da noite porque estava cansado de tanto de brincar. 

Precisamos resgatar momentos lúdicos com as crianças, pois a maioria delas vive fechada em casa ou em um apartamento e não sabe realmente brincar. Com isso elas se tornam adultos precoces: preocupados com coisas e problemas que não são delas. Pressionados pela realidade da falta de tempo e atenção dos pais, por isso elas buscam no mundo virtual aquilo que poderiam estar vivenciando no seu dia a dia: brincar e ser criança.


Cleide Araújo
Psicopedagoga
Colunista Tv Badalo Ceara


Um comentário:

Anônimo disse...

Ruth Azevedo - SP

É querida realmente as brincadeiras das crianças hoje, é bastante diferente das de antigamente, onde elas mesmas construiam seus próprios brinquedos e o mundo da imaginação fluia com criatividade. Hoje em dia as crianças se limitam ao computador, celular e brinquedos eletônicos. Muito rico seu texto

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