Christian Caselli Expões Fotos Digitais

O artista audiovisual alternativo carioca Christian Caselli realizará a exposição FOTO-CELULAR, no Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 - Centro - fone: (85) 3464.3108), cuja abertura acontecerá no próximo dia 8 (sexta-feira), às 18 horas, quando o artista fará uma palestra.
Com entrada franca, a exposição ficará em cartaz até o próximo dia 30 de julho (horários de visitação: terça-feira a sábado, de 10h às 20h; e aos domingos, de 12h às 18h).

O objetivo da mostra é expor e discutir com o público a existência de uma possível nova linguagem fotográfica, proveniente do uso das telefonias móveis. A exposição contará com mais de 500 projeções de fotos do idealizador do projeto, Christian Caselli, exibidas de 10 em 10 segundos, sendo que uma parte delas serão fotografadas no Ceará, poucos dias antes da abertura.

Ele ministrará ainda uma oficina gratuita sobre FOTO-CELULAR, cujos interessados poderão se inscrever gratuitamente até a próxima terça-feira, dia 5, na recepção do CCBNB-Fortaleza ou pelo e-mail cultura@bnb.gov.br. A oficina acontecerá de quarta-feira, 6, até sexta-feira, 8, de 14h às 18h.

Foto digital e telefonia móvel

Na História da fotografia, a modalidade conhecida como a mais perto do registro documental é o fotojornalismo. Comprometidos com as empresas de informação, os profissionais da área são contratados para registrar de acontecimentos importantes a locais paisagísticos e se programavam para tal, levando o seu melhor (e muitas vezes caro) equipamento. No entanto, com a popularização das câmeras digitais a captação de imagens se tornou algo mais comum para todas as pessoas, que podem estar presentes nos locais mais variados, muito mais do que os empregados dos meios de comunicação.

Com a evolução da tecnologia, a foto digital chegou à telefonia móvel. E, por estarem constantemente disponíveis em nosso cotidiano, os aparelhos celulares que tiram fotos permitem registrar o dia-a-dia de uma maneira nunca antes vista - e de um modo ainda mais efetivo e democrático do que o fotojornalismo. E onde divulgar a sua foto, de repente até denunciando algo grave? Ora, em sites da internet ou mesmo mandando por e-mails para o maior número de pessoas possíveis. "Seja a mídia", já diria um certo jargão contemporâneo.

Além disso, a foto-celular não precisa se prender só a imagens documentais. Além de flagrantes, estes tipos de registros podem ser múltiplos e variados, indo desde acontecimentos únicos a detalhes pouco notados; passando por paisagens, retratos, auto-retratos, objetos peculiares (placas, artesanatos e o que mais for), entre outras modalidades. E até mesmo a foto posada, comum em uma brincadeira de amigos, tem o seu valor: no futuro será com certeza o registro de uma época, de uma moda, de uma estética e, claro, de pessoas e famílias. E toda esta situação põe em xeque a própria questão do "amadorismo", a que este termo vem sendo questionado também devido à qualidade das novas tecnologias.

 Luciano Sá

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