COM O MEDO NÃO SE BRINCA


03 de Janeiro de 2011 vai entrar na história de Fortaleza como o dia mais caótico dos últimos anos. O que se viu pela ruas foi digno de filmes de Holiwood, ruas vazias, mais parecendo cidades fantasmas, no entanto, infelizmente era a vida real.
Comerciantes no centro da cidade fecharam as portas de seus estabelecimentos mais cedo, outros nem abriram. Pelo os bairros, principalmente daqueles que compõem a periferia, a insegurança tomou conta da população. O medo de subirem nos ônibus, de irem trabalhar e não saberem se vão voltar.
A greve dos policiais militares chegou ao seu caos no dia de ontem (2) quando a paralisação foi praticamente total na capital e que alguns policiais do interior também aderiram o movimento. Segundo o comando do movimento de paralisação da PM, 10.000 servidores estão paralisados em todo o Ceará. Mas para quem não lembra a categoria já estava em greve desde o último mês, mas segundo o Governador do Estado, Cid Gomes (PSB), ele não negocia com ninguém. Enquanto isso a população vive o caos com o medo da insegurança.
O movimento dos policiais militares e bombeiros querem escala de 40 horas semanais, promoções e reajuste salarial de 80% até o fim de 2015, além de anistia a todos os policiais que participam do movimento. Por conta da parada, o governo do estado decretou situação de emergência. Atualmente 2.449 homens do Exército, Forças Armadas e órgão de segurança estão policiando a Grande Fortaleza nesta segunda-feira (2). Mas isso só funciona quando eles conhecem bem a cidade, afinal de contas aqui não é o Rio de Janeiro.
Os motoristas de ônibus também vivem um dilema, se param e deixam os usuários nas ruas a mercê da marginalidade ou se continua e arriscam suas vidas sem segurança alguma, já que quando os policiais não estavam em greve à segurança era pouca. O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Ceará – SINTRO determinou a paralisação, mas os empresários negam que isso possa acontecer. 
Pena que muita gente não leva a sério esse problema e preferem brincar com a situação inventando boatos, espalhando o medo de arrastões pela cidade. São essas pessoas que logo mais vão esquecer tudo isso e vão eleger os mesmos políticos que aqui estão de férias e só voltam atividade em Fevereiro quem sabe até depois do Carnaval. Enquanto isso, eu, você e todos precisam trabalhar com a sensação de quem não passamos de simples marionete nas mãos dos órgãos públicos.
Tarcísio Filho

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