A Polícia Militar do Ceará criou um comando especial para combater a ação de quadrilhas de assaltantes apelidadas por especialistas em segurança pública de “novo cangaço”.
Os bandos agem em grupos de 10 a 15 homens assaltando bancos de pequenos municípios. Eles sitiam cidades, fazem tocaias, montam barricadas, atiram contra delegacias e usam armamento pesado numa versão mais "pesada" de Lampião.Somente de março até o começo julho deste ano foram registrados 13 assaltos a bancos no interior do Ceará. No último dia 13, uma quadrilha de 15 homens levou R$ 2 milhões em dinheiro de um carro-forte, na rodovia estadual CE-359, distrito de Triunfo, município de Ibaretama (a 120 km de Fortaleza). Na ação, eles bloquearam a rodovia com um caminhão-baú roubado, atiraram contra o veículo blindado com tiros de fuzis e arrombaram a porta e o cofre com explosivos.
O primeiro assalto a banco do ano foi em março, quando 15 homens assaltaram uma agência do Banco do Brasil do município de Cariús (a 418 quilômetros de Fortaleza), que tem cerca de 20 mil habitantes. Os criminosos dinamitaram o cofre do banco e trocaram tiros com a polícia local. A partir daí começou uma sequência de ações semelhantes em Independência, Miraima, Pires Ferreira, Groaíras, Parambu, Lavras da Mangabeira, Apuiarés, Viçosa do Ceará, Caridade e Quiterianópoles.
“São quadrilhas organizadas, que atuam em todo o Brasil. O Ceará, hoje, detém um dos menores índices, com 13 ações até agora. São Paulo lidera com 283 ações. No Nordeste, a Bahia já registra 61 ações”, compara o titular da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), coronel Francisco Bezerra.
Há três pontos em comum entre esses crimes. Todas as vezes os bandidos conseguiram escapar, as cidades assaltadas têm menos de 50 mil habitantes e elas ficam a uma distância considerável da capital.
Fonte:iG
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