Ao longo dos anos o processo de trabalho tem sofrido sucessivas mudanças.
Iniciando pela economia de subsistência onde o homem produzia somente o que era necessário para o seu próprio consumo e logo depois com os trabalhos artesanais que eram produzidos manualmente e vendidos em uma escala menor, até chegar ao mercado capitalista que vivemos em nossos tempos atuais. No início do século XX, Henry Ford, propôs a aplicação de uma teoria voltada para a eficiência e controle da produção do trabalhador. Este período é marcado pela produção de carros em grande escala e pelo consumo desenfreado. Este modelo organizacional perdurou até a década de 70, quando o mercado de trabalho apresentava mudanças com o aumento da competição, queda nos lucros da empresa, mão-de-obra excedente gerando desemprego, principalmente devido à implantação de novas tecnologias no setor industrial. As mudanças, a partir daí, apareceram não só na área econômica e social, mas também refletiram na saúde do trabalhador. Para que o trabalhador tenha um controle sobre suas condições de satisfação no trabalho é necessário que suas necessidades básicas sejam atendidas. Tanto no trabalho, quanto em função do que este mesmo trabalho pode oferecer a sua vida privada. Assim, o trabalho deve proporcionar uma alimentação saudável, moradia adequada, meios de transportes, saúde e educação eficientes, direitos básicos à condição humana, como por exemplo, trabalhar em grupo, onde este trabalhador passa por um processo de troca de experiências e bem estar.
A saúde do trabalhador fica comprometida, quando este começa a exercer um papel de multifuncionalidade gerando a fadiga e o desgaste profissional. Estes sintomas alienam o trabalhador do processo produtivo a ponto de gerar danos psicológicos e um baixo rendimento na produção. No entanto, podemos constatar que a carga excessiva de trabalho, o nível de instabilidade no emprego e a competição exagerada no ambiente de trabalho, provoca um aumento de estresse no trabalhador. Hoje, é possível observar que as cobranças sobre o trabalhador estão crescendo cada vez mais, exigindo-lhe a máxima competência e, no entanto, não há reconhecimento nem valorização de seu trabalho. O sofrimento psíquico é gerado no trabalhador devido à pressão que é submetido diariamente em busca de lucros, competição, eficácia e da manutenção do emprego. O trabalhador se sente apavorado por não conseguir manter suas metas, a energia física e mental adequada para seu desempenho no trabalho, e esse pavor é uma forma em que se manifesta desencadeando o sofrimento psíquico. A carga psíquica aumenta quando o trabalhador relata seu trabalho, expondo que não é valorizado, trabalhando de forma mecânica onde ocorre o desgaste tanto físico como emocional, provocando sensações, insatisfações, medo, angústias e etc. Os sintomas psíquicos, nomeados como “mentais” e “emocionais”, estão relacionados à diminuição da concentração, memória, confusão, ansiedade, depressão, frustração, medo e impaciência. Posen (1995) afirma que: os sintomas físicos do estresse mais comuns são: fadiga, dores de cabeça, insônia, dores no corpo, palpitações, alterações intestinais, náusea, tremores e resfriados constantes. Alguns tipos de mudanças podem ser feitos pela chefia ou devido à nova direção da empresa, por causa de alguma aquisição da mesma. Como nos lembra Chiavenato (1989) O incentivo e a motivação, são considerados excelentes fatores na promoção do bom desempenho dos funcionários, principalmente se esse incentivo vier por parte da chefia, oferecendo estímulos que irão melhorar ainda mais o seu desempenho.
Psicopedagogia
Colunista Tv Badalo Ceara
10 comentários:
É bem verdade, para que o trabalho seja prazeroso é preciso que os trabalhadores gostem do que fazem e se sintam bem durante a jornada tão árdua que lhe são impostas no dia a dia. Você é muito inteligente, gostei de você.
Paulo Cezar
Precisamos de pessoas como você nessa sociedade frustrada. Gostei demais do texto e se os patrões tivessem o bom senso de admitirem que quase sempre estão errados em relação aos seus trabalhadores, tudo ficaria bem mais produtivo.
Bruna
Cleide quero dizer que seus textos são muito interessantes e que tem me acrescentado mais conhecimentos. Não pare, adoro todos eles.
Ana Lúcia
É verdade bruna, nos da redação concordamos com vc afinal a Cleide é muito precisa nos seus texto, que bom que gostastes.
Martins Felix
Dirt.
Querido Paulo, obrigada pelo elogio, quero te dizer que pessoas observadoras como você é que fazem surgir motivos para verdadeiras mudanças.
Cleide Araújo
Amada Bruna, estou muito feliz que pense tudo isso a meu respeito, isso só me dá mais vontade de escrever sempre algo para que venha somar na vida de pessoas como você.
Cleide Araújo
Querida Ana, saber que o que escrevo fica no entendimento das pessoas, isso me alegra bastante. E agradeço a você por ler todos os textos que são postados, saiba que escrevo com satisfação, pois sei que pessoas especiais como você vão estar em algum lugar lendo e guardando cada palavra escrita. Um grande abraço.
Cleide Araújo
Querido Martins, agradeço as palavras e quero te dizer que me sinto muito feliz por ter acreditado em mim. Quando me fez o convite para ser colunista do seu site, procurei pensar de várias formas, de como eu iria poder contribuir com algo que você podesse gostar e no momento estou surpreendida com os resultados. As pessoas se agradaram e isso é muito significativo. Amei conhecer você, com todo respeito. Você é como um irmão fica me dando bronca, mas medito sempre no que fala pra mim.Obrigada por tudo.
Cleide Araújo
Passei a visitar a tv badalo,apos ler um de seus textos;agora volta e meia dou uma espiadela.
Materias interessantes e precisas..da gosto de le.
Continue por aqui.
Olha enquanto houver empresas fazendo cobranças,daquele tipo que nos conhecemos muito bem,a produçao vai continuar sendo mecanica e longe dos ideais "deles"...Que pena!
cida
Querida Cida, é bem verdade o que relata em seu comentário. O autoritarismo e a falta de coerência com o jeito de liderar, muitas vezes causa incômodo e desinteresse no trabalhador. Sabemos que o trabalhador é o principal instrumento de produção e crescimento numa empresa e é fundamental que este seja valorizado. Obrigada pelas espiadelas.
Cleide Araújo
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