Segundo dia do julgamento de Lindemberg é marcado por relatos de familiares e policiais


O segundo dia de julgamento de Lindemberg Alves, 25, que manteve sua ex-namorada Eloá Pimentel, 15, como refém por cerca de cem horas em outubro de 2008, em Santo André (Grande SP), teve como destaque a versão dos familiares da vítima sobre o caso e polêmicas da advogada de defesa, Ana Lúcia Assad.
O cárcere terminou com a morte da jovem e com a amiga dela Nayara Rodrigues baleada.
Os dois irmãos de Eloá prestaram depoimento nesta terça-feira (14). O primeiro foi Ronickson Pimentel, 24, o irmão mais velho. Ele afirmou que Lindemberg é "um monstro", embora sua família o tratasse como "um filho".

“Ele é um monstro, é capaz de tudo”, afirmou Ronickson, que era fuzileiro naval e hoje é policial militar. A testemunha afirmou que o comportamento de Lindemberg na frente da família de Eloá era completamente diferente da sua postura na rua –geralmente uma pessoa briguenta, especialmente quando jogava futebol.

De acordo com o depoente, Lindemberg tinha aprovação da família. "Ele era tratado como um filho pelos meus pais", afirmou o irmão, que encarou o réu durante o depoimento.

Ronickson disse, porém, que não aprovava o namoro da irmã, apenas o ‘aceitava’ porque Eloá gostava muito de Lindemberg. Segundo ele, Eloá vivia chorando por conta dos problemas no relacionamento com o ex-namorado. “Dizia a ela ‘você não merece uma pessoa dessa, que te faz sofrer. Você é muito nova, tem muita coisa para conhecer’.”

Ronickson se emocionou ao citar o impacto da morte de Eloá para o irmão mais novo, Everton Douglas, 17. “Meu irmão se fechou bastante. Acho que ele se sente um pouco culpado porque foi ele que apresentou Lindemberg para minha irmã. Eles eram amigos.”

Ao dar seu depoimento mais tarde, Everton confirmou que “infelizmente” era muito amigo de Lindemberg. O irmão mais novo disse que jogava bola todo o fim de semana com o réu, que morava no mesmo conjunto habitacional da família de Eloá. “Nós jogávamos futebol e era sempre ele quem causava as brigas”, relembrou, citando o comportamento explosivo de Lindemberg.

Sobre o sentimento que nutre atualmente pelo réu, a testemunha disse: “No começo eu sentia muita raiva, muita mágoa. Agora só sinto pena. É um ser insignificante para mim. Ele não pode ser considerado ser humano”.
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