Governo registra 56 mortes desde o anúncio da greve de PMs na Bahia


O balanço da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) revela que 56 pessoas foram mortas das 21h de terça-feira (31), dia em que foi decretada a greve por parte dos policiais militares, até as 18h30 deste sábado (4).
O dia que somou maior número de mortes foi nesta sexta-feira (3), com 31 registros. Outras 14 mortes foram registradas nesta quinta-feira (2).
Ainda segundo a secretaria, 43 homicídios foram cometidos em Salvador. Outros 13 foram registrados na Região Metropolitana de Salvador.

Carros de polícia recuperados
A secretaria recuperou, na tarde deste sábado, 16 carros oficiais que estavam em poder de policiais militares grevistas, na Assembleia Legislativa, em Salvador. Os manifestantes são filiados à Associação dos Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares do Estado Bahia (Aspra).
Os mandados de reintegração de posse foram expedidos na manhã deste sábado (4) e cumpridos pela Polícia Militar. Os veículos foram levados para o Departamento de Apoio Logísticos. Alguns estão com pneus furados. Não houve resistência por parte dos manifestantes.
Negociações
Segundo o governador da Bahia, Jaques Wagner, os praças da PM baiana já acumulam, em cinco anos de governo, perto de 60% de reajuste, o que representa um ganho real de cerca de 35%. "Este ano, quando nem todos os governadores e nem o governo federal garantiram o reajuste linear igual ao da inflação do ano passado, nós já garantimos na Bahia um reajuste de 6,5%", disse ele em entrevista coletiva neste sábado.
O presidente da Aspra, Marco Prisco, que mobiliza o movimento, informa que não abre mão de dois itens da pauta de reivindicação: a anistia criminal dos policiais militares que participam da greve e o pagamento da Gratificação por Atividade de Polícia (GAP) V.
Os demais pontos, como o pagamento da GAP IV e a regulamentação de remuneração fruto de auxílio acidente, além de periculosidade, insalubridade, criações do código de ética e do plano de cargos e salários, segundo ele, devem ser ser negociados por uma comissão de diálogo permanente com o governo.
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