Senado já tem 41 votos para cassar Demóstenes Torres


Quarenta um senadores já decidiram que vão votar a favor da cassação do mandato do colega Demóstenes Torres (sem partido-GO), acusado de ser o braço político do esquema do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Quarenta um senadores já decidiram que vão votar a favor da cassação do mandato do colega Demóstenes Torres (sem partido-GO), acusado de ser o braço político do esquema do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.


O número é resultado da enquete feita pelo iG na semana passada. A reportagem ouviu 61 senadores de quarta-feira a sábado. Em casos de cassação, a votação tem de ser secreta, por isso a maioria dos senadores só aceitou declarar o voto se houvesse identificação por nome.

garantiu que vai poupar Demóstenes da cassação. Vinte senadores disseram que ainda não decidiram ou simplesmente não quiseram informar como vão votar. O iG não conseguiu falar com outros 20 senadores.

Antes de ser votada no plenário do Senado, a cassação do mandato de Demóstenes precisa ser aprovada pelo Conselho de Ética da Casa - onde o voto é aberto. Relator do caso do senador goiano, Humberto Costa (PT-PE) pretende apresentar o relatório esta semana.

Na terça-feira passada, depois de ouvir o depoimento de Demóstenes ao Conselho por mais de cinco horas, Costa afirmou haver “indícios suficientes” para cassar o mandato do colega goiano . “O Senado deve uma decisão antes do início do recesso”, disse.

Durante o depoimento, Demóstenes admitiu que ganhou um telefone Nextel do bicheiro Carlinhos Cachoeira e reconheceu ainda que a conta era paga pelo contraventor. O senador, porém, negou ter atuado a serviço de Cachoeira.

A maioria dos senadores não se convenceu e até adiantou publicamente o seu voto em penário. “Vou votar pela cassação”, disse a senadora Kátia Abreu (PSD-TO). “Minha posição e do PT são claras: pela cassação”, afirmou Walter Pinheiro (PT-BA), líder da bancada no Senado.

Na quinta-feira, Demóstenes foi chamado para prestar depoimentos à CPI do Cachoeira. Logo no início, ele requisitou o direito constitucional de permanecer calado, o que provocou um bate-boca entre o deputado Silvio Costa (PTB –PE) e o senador Pedro Taques (PDT-MT).

Costa atacou Demóstenes, acusando-o de demagogo e hipócrita. Disse ainda que o senador “não vai para o céu”. Taques interrompeu a fala do deputado e alegou que “qualquer cidadão merece ser tratado com dignidade”, como prevê a Constituição.

Alguns senadores acharam que o deputado tentou humilhar Demóstenes. “Vou votar tecnicamente, avaliar onde ele errou. Não vou cassá-lo só por ser amigo de bicheiro”, disse o senador Ivo Cassol (PP-RO), que não quis adiantar como deverá votar em plenário.
Fred Raposo e Adriano Ceolin, iG Brasília
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