A presidente Dilma Rousseff voltou a dizer nesta quarta-feira que a área da saúde precisa de mais recursos e não descartou a possibilidade de criar um novo imposto para financiar a regulamentação da Emenda 29, que deve ser votada na Câmara e estabelece gastos mínimos com a saúde nos três níveis de governo.
Questionada se vetaria a criação de um novo imposto para a saúde, Dilma disse que "queria ver que imposto é. Depende muito do que se trata", afirmou a jornalistas durante evento num hotel em Brasília.
"O que não é possível é a tese no Brasil de que é possível ter saúde de qualidade sem mais dinheiro per capita. Não é... eu não posso fazer demagogia com a população brasileira", acrescentou.
A votação da regulamentação da Emenda 29 está parada na Câmara justamente para analisar um destaque ao texto principal que prevê a criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS), que arrecadaria recursos sobre operações financeiras, nos moldes da antiga Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF).
Na terça-feira, o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que a votação pode ocorrer já na próxima semana.
A presidente afirmou que não controla o Congresso e, por isso, não poderia dizer se a CSS será ou não criada.
Ela afirmou ainda que talvez não seja necessário arrecadar 40 bilhões de reais a mais para financiar a melhoria dos serviços da saúde em referência à arrecadação estimada com a CPMF por ano.
"Talvez não precise disso de uma forma imediata. Mas acho que precisa de recurso para a saúde", disse a presidente.
A CPMF deixou de ser cobrada em 2007 depois que o governo não conseguiu prorrogar sua vigência numa das maiores derrotas políticas do governo Lula no Congresso.
(Reportagem de Jeferson Ribeiro)
Fonte: Portal Terra
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