Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (10) no quartel-general da Polícia Militar do Rio de Janeiro, o comandante da corporação, coronel Mario Sergio Duarte, reconheceu que houve erros e quebra de protocolo durante a operação de ontem à noite no centro da cidade, quando criminosos fizeram reféns passageiros de um ônibus do transporte coletivo.
O protocolo da PM do Rio proíbe que policiais atirem em veículos que furem o bloqueio feito por carros policiais.“Não estamos compactuando com a quebra de protocolo, e nem validando erros. Se tem pessoas inocentes feridas, é porque houve erros na operação. Não podemos negar que policiais efetuaram disparos contra o ônibus com o objetivo de pará-lo, mas, com precisão, só a perícia poderá comprovar quem os efetuou”, afirmou. Pouco depois, o comandante comparou: “O que parou o ônibus foram disparos dignos de cena de filme americano”.
Mais tarde, um laudo preliminar realizado pelo ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli) apontou que o veículo foi atingido por pelo menos 14 disparos vindos de fora do coletivo.
Duarte afirmou que cada ação na operação deve ser analisada, de modo que eventuais erros, defendeu, sejam corrigidos. Segundo ele, os bandidos eram violentos. “As pessoas eram violentas. Um deu tiro no pescoço [de uma pessoa que passava pelo local] quando tentou roubar um carro para prosseguir sua fuga. Outro agrediu uma vítima a coronhadas.”
Os policiais envolvidos na operação pertencem ao 4º BPM (Batalhão de Polícia Militar). Segundo o comandante do batalhão, coronel Marcos Vinícius, estão à disposição da perícia as armas utilizadas na operação. “Foram utilizadas cinco pistolas. Não houve o uso de fuzil. Essas cinco armas estão à disposição da perícia”, afirmou.
Fonte:UOL
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