A Casa da Ana Hickmann busca repórter com bunda


Neste domingo (14/08), o programa "Tudo É Possível" estreou o reality "A Casa da Ana Hickmann".
A mansão da apresentadora virou cenário para a nova aposta do diretor Vildomar Batista na guerra dominical.

A loira busca uma "repórter" em seletiva que segue a linha adotada pelos realities. Confinamento, intriga entre as participantes e emoção exacerbada caracterizam a atração que conta com edição ágil e um bom locutor. 

No primeiro episódio, as concorrentes foram apresentadas ao público. Elas chegaram de moto (no BBB, desembarcam de carro) e entraram na casa. Cada participante ganhou uma descrição no vídeo com destaque para as medidas de altura, peso e busto. O aspecto físico é o grande chamariz.

Ana Hickmann procura uma "repórter" com bunda e corpo sarado. Esse é o resumo do reality show. Os corpos das moças já ganharam foco na edição. Elas desfilaram em minúsculos biquínis na piscina, além na prova que premiava quem nadava mais rápido.

Modelos e dançarinas encaram a disputa. A única participante que frisou ser jornalista formada, Wasthi Lauers de Castro, foi a primeira eliminada. Adventista do sétimo dia, ela não aceitou participar das provas aos sábados. Mesmo com esse obstáculo que já deveria ter sido frisado nos bastidores, Wasthi foi selecionada entre milhares de concorrentes. Talvez tenha entrado no "jogo" para emocionar o telespectador e mostrar sua filosofia de vida em uma emissora de cunho evangélico. 

Conhecimentos de semiótica, teoria de comunicação, sociologia, antropologia e história da arte, disciplinas obrigatórias de qualquer curso de Jornalismo, passam longe de "A Casa da Ana Hickmann". Diploma de jornalista? Nem pensar. Artigo em desuso. A palavra repórter, cada vez mais, perde significado na TV brasileira.
Por: Fabio Maksymczuk

Nenhum comentário:

Postar um comentário

>>Ultimas