Foto:Divulgação na Web |
moedas sóciais criada por um Banco Comunitário. A moeda local objetiva fazer com que o “dinheiro” circule na própria comunidade, ampliando o poder de comercialização local, aumentando a riqueza circulante na comunidade, gerando trabalho e renda. Desta forma a Moeda Social torna-se componente essencial nas estratégias dos bancos comunitários. Os créditos em “reais” podem ajudar no crescimento econômico do bairro ou município gerando novas riquezas. Mas são as moedas sociais que asseguram o desenvolvimento ao favorecer que essa riqueza gerada circule na própria comunidade.
O bairro do Conjunto Palmeiras foi a comunidade pioneira a implementar esse movimento. No local, tudo pode ser adquirido com o "Palma". O dinheiro é alternativo e de uso exclusivo no Banco Palmas, uma instituição de crédito montada pela Associação dos Moradores com o apoio de ONGs.
O Palma foi criado para circular a riqueza dentro do Conjunto Palmeiras. Cada Palma equivale a R$ 1,00. Os moradores conseguem a moeda com o próprio trabalho ou com empréstimo do banco. "As pessoas adquirem Palmas trabalhando, prestando algum serviço e, com isso, podem comprar em qualquer comércio do bairro", explica Joaquim de Melo Neto, coordenador do Banco Palmas em entrevista a uma reportagem exibida no Globo Repórter.
Esse fenômeno cada vez se torna comum no país. Atualmente o Brasil possui uma bandeira, um presidente, um brasão, um hino, e acredite se quiser, 41 moedas em circulação além do real. Em São João do Arraial, Piauí, podem fazer compras e receber parte do salário em notas de cocal. Em Alcântara, Maranhão, é possível usar o guará. Em Cariacica, Espírito Santo, o comércio aceita o girassol. Em Dourados, Mato Grosso do Sul, dá para fazer pequenos negócios com o pirapirê.
Palmas, cocal, guará, girassol e pirapirê são algumas das moedas emitidas pelos 40 bancos comunitários do país. Cada uma delas circula em um município pequeno, de até 50 mil habitantes, ou em um bairro afastado e pobre. Essas notas só são válidas na região de atuação de cada banco comunitário.
A Rede de Bancos Comunitários, uma espécie de Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) dessas mini-instituições, calcula que estejam circulando o equivalente a R$ 80 mil em moedas alternativas, em oito Estados brasileiros, uma quantidade ainda pequena. Mas, de acordo com o Governo Federal, a circulação dessas moedas deverá quadruplicar até 2012. Pelos planos oficiais, elas estarão presentes em todos os Estados.
Outra vantagem encontrada é que os créditos concedidos por esses bancos podem ser para consumo – em moedas sociais – ou para produção – geralmente em reais. Quando concedem crédito nas cédulas locais, muitos bancos não cobram juros. Em reais, é preciso que a taxa seja a mais baixa possível. Outra característica dos bancos comunitários é a transparência que cada um possui. Todos conseguem ver na internet o quanto cada morador tomou emprestado, e a análise de crédito é feita com base em pesquisas com quem pede o crédito e a vizinhança
Na teoria, as moedas paralelas servem para fortalecer a economia da área onde circulam. Como elas só podem ser usadas no próprio bairro, ajudam a movimentar o comércio e a gerar empregos nos locais onde são usadas. Há outra vantagem: os comerciantes dão descontos de 2% a 10% no preço das mercadorias para quem usa o dinheiro alternativo. Para o comerciante, é um meio de evitar que o cliente troque a moeda diferenciada por real e gaste em outras regiões.
O Folha regional separou para vocês 10 vantagens que todos os Bancos Comunitários em parceria com o Banco Popular do Brasil é capaz de fazer na comunidade:
• Moeda social local circulante (crédito para o consumo)
• Crédito produtivo (até R$ 10.000)
• Contratação de empréstimo
• Depósito em dinheiro
• Abertura e extrato de conta corrente
• Saque avulso e com cartão magnético
• Recebimento de títulos
• Recebimento de convênios (água, luz, telefone, e outros)
• Seguro de vida
• Pagamento de benefício do INSSF
Tarcisio Filho
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