Homem leva filhas em restaurante e, sem dinheiro, não compra refeição


O filipino Ryan Arebuabo, de 38 anos, que vive em Manila, nas Filipinas, e era um anônimo até a semana passada, quando uma foto dele viralizou na internet.
Na imagem, ele aparece sentado na mesa de um restaurante fast-food com suas duas filhas, que estão comendo - mas ele não come, apenas as observa.

"Essa é a fotografia do amor de um pai. Uma representação de um altruísmo genuíno", diz a legenda da foto, publicada no Facebook, que ainda conta com algumas informações sobre como ajudar o homem.

O portal de notícias filipino ABS-CBN News revelou a história por trás da fotografia. Arebuabo levou as filhas para o restaurante naquela tarde para comemorar a formatura do jardim de infância de Rose May, de seis anos. Porém, como ele não tinha dinheiro para pagar sua comida, satisfez sua fome apenas observando as meninas.

Segundo a reportagem, Arebuabo teve uma paralisia parcial e não consegue falar direito após sofrer um derrame há quatro anos. Com isso, ele ficou sem trabalhar e as coisas ficaram ainda mais complicadas quando sua mulher resolveu deixá-lo.

Numa tentativa de tentar reconquistar a esposa, Arebuabo reformou a casa deles e comprou uma televisão usada - mas os esforços foram em vão. Ainda assim, o homem quis ficar com a guarda das filhas, o que conseguiu. Agora, o sustento da família vem do dinheiro ganho com seu sari-sari, um tipo de comércio local similar a uma loja de conveniência. Além disso, Arebuabo recebe uma ajuda de US$ 62 dólares (cerca de R$ 194) de um programa social do governo das Filipinas.

Arebuabo descobriu o que é um altruísmo de um pai quando ele mesmo era criança. Ele contou a ABS-CBN que cresceu numa família de pai solteiro, que cuidou de quatro filhos após a mãe ter morrido num acidente de trabalho. Hoje, o pai de Arebuabo continua ajudando o filho ao lavar as roupas dele e das meninas e com algumas despesas.

Apesar das dificuldades, Arebuabo disse a jornais locais que ele quer mostrar que consegue ser um bom pai e que seu trabalho é ter a "certeza que essas crianças podem, um dia, conquistar os sonhos delas e deixar as favelas".
Fonte:O Estadão

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