O laboratório implantado sob a pele pode telefonar para seu médico

Pesquisadores da Escola Politécnica Federal de Lausana (Suíça) criaram um laboratório de sangue pequeno o suficiente para ser implantado sob a pele do paciente. A invenção pode revolucionar a área da saúde.

O dispositivo permitirá aos médicos monitorar pacientes de alto risco a partir de qualquer lugar.
Ele é inserido no tecido intersticial logo abaixo da pele do abdômen, braços ou pernas das pessoas, com uma agulha. Medindo apenas 14 milímetros de comprimento por 2 milímetros de largura, o minilaboratório usa um telefone celular para enviar atualizações para a equipe médica sobre a saúde do paciente.

O implante inclui cinco sensores, um rádio transmissor e um sistema de fornecimento de energia. Fora do corpo, uma “bateria adesivo” do tamanho de um cartão de crédito fornece 1/10 watt de potência através da pele do paciente – por isso não há necessidade de realizar um procedimento cirúrgico todas as vezes em que a bateria precisar ser trocada.

O aparelho pode ser de valor inestimável para pacientes submetidos à quimioterapia, e pode até avisar de um ataque cardíaco iminente, monitorando produtos químicos chave na corrente sanguínea.
“Ele permitirá o monitoramento direto e contínuo com base na tolerância individual do paciente, e não na idade e gráficos de peso ou exames de sangue semanais”, disse Giovanni de Micheli, um dos autores do estudo.
Cada sensor pode ser coberto com um tipo de enzima que reage com os produtos químicos no corpo para detectar substâncias como proteínas e ácidos orgânicos, transmitindo os resultados diretamente para o dispositivo de um médico. “Potencialmente, podemos detectar qualquer coisa”, explica De Micheli. “Mas as enzimas têm uma vida útil limitada, e temos que projetá-las para durar o maior tempo possível”.
As enzimas que foram testadas até agora funcionam eficazmente por cerca de um mês e meio, o que é já tempo suficiente para muitas aplicações. Além disso, é muito fácil de remover e substituir o implante, já que é tão pequeno.
Em pacientes com doença crônica, os implantes poderiam enviar alertas antes mesmo de os sintomas surgem, e antecipar a necessidade de medicação. De um modo geral, o sistema tem um enorme potencial em casos em que a evolução de uma patologia precisa de ser monitorada ou a tolerância a um tratamento testado.
Outras equipes já desenvolveram dispositivos implantáveis semelhantes , mas o novo estudo é o primeiro a monitorar vários marcadores sanguíneos (até cinco) ao mesmo tempo. Os pesquisadores esperam que o sistema esteja disponível comercialmente dentro de 4 anos.
Fonte:[DailyMail, MedicalNewsToday, TheZone]

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