Ministério Público denuncia esposa de Leonelzinho

Adriana Lúcia Bezerra de Alencar, esposa do vereador Leonel Alencar Júnior (PTdoB), foi alvo de denúncia do Ministério Público Federal (MPF).
Ela teria recebido indevidamente benefícios financeiros do Programa Bolsa Família, conforme apontam os fatos apurados durante procedimento investigatório criminal.

Segundo dados do MPF, Adriana Lúcia prestou informações falsas quanto à renda familiar. Ao pesquisar junto ao Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), a renda familiar, em janeiro de 2007, proveniente da Câmara Municipal de Fortaleza, era de R$ 2.123,67. 

O MPF explica que, na mesma época, Adriana, ao realizar a inscrição no Cadastro Único para o programa do Governo Federal, informou a composição familiar, formada por ela, o cônjuge Leonel Alencar Júnior e a filha. 

Ela indicou uma única fonte de rendimentos da família, em torno de R$ 417,00, não apontando o salário do marido, que na época era professor de educação física em escolas públicas e particulares. 

"Nas eleições municipais de 2008, o marido de Adriana, Leonel Alencar Júnior, marido da denunciada, foi eleito para o cargo de vereador do município de Fortaleza, tomando posse em janeiro do ano seguinte, com isso, à época, o salário inicial no valor de R$ 9.288,00", explica o texto do procedimento investigatório criminal. 

De acordo com o Portal de Transparência do Governo Federal, foram feitos oito saques, totalizando um prejuízo de R$ 176 reais aos cofres públicos. No mês de recebimento da primeira prestação do Programa Bolsa Família, em outubro de 2009, a acusada já contabilizava uma renda de R$ 1.184,43 da Autarquia Municipal de Trânsito de Fortaleza. A renda familiar já ultrapassava os 10 mil reais, em razão da renda do marido, vereador de Fortaleza. 

"A conduta imputada à Sra. Adriana Lúcia apresenta alto grau de reprovabilidade social, pois, muito embora os valores recebidos pela ré mensalmente sejam "aparentemente" insignificantes, deve-se ressaltar que o Programa Bolsa Família objetiva atender famílias em situações de pobreza e extrema pobreza", conclui o procurador da República Rômulo Moreira Conrado.
Fonte:OPovo

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