Com derrota na urna, Agnaldo Timóteo passa mal


Na noite de domingo (8), Timóteo teve que passar no hospital no Rio de Janeiro, onde acompanhava a apuração, para medir a pressão e fazer exame de sangue. “Estava tudo normal, só me deram um calmante para eu dormir e já estou bem.” O baque com a derrota, no entanto, foi tão grande que ele afirma que decidiu deixar a vida política e se dedicar apenas à carreira artística.


“Estou aliviado, porque a política é uma coisa muito prisioneira, você acaba se tornando um escravo, acaba se indispondo com as pessoas. Eu sou um cantor, um dos melhores do Brasil e é isso que vou fazer agora, shows. Vou cuidar do cantor.”

O vereador atribui a derrota nas urnas, com 12.009 votos, um dos seus piores resultados nos últimos pleitos, à mudança no seu número de candidato: de 22.123 para 22.122. “Achei que o número novo ia me dar sorte, mas cometi um erro brutal, estúpido. As pessoas me conheciam pelo número antigo.”

Aos 76 anos, depois de concorrer em sete eleições desde 1982, ter sido deputado federal e vereador pelo Rio de Janeiro e duas vezes vereador em São Paulo, afirma que não pretende “nunca mais” participar de eleições.

A meta agora será perder 5 kg para atingir 80 kg, segundo ele, ideal para o seu 1,70 m de altura. “Assim eu fico redondinho, elegante. Depois, talvez faça uma pequena cirurgia para tirar pele e ficar ainda mais elegante.”

Timóteo afirma que, a partir de janeiro, pretende se dedicar aos seus shows e à gravação de CDs, um deles em espanhol. O cachê de R$ 35 mil poderá ser negociado. “Com R$ 25 mil eu posso conversar. O do Michel Teló é de R$ 350 mil e eu canto muito melhor do que ele”, justifica.

O cantor também gosta de ressaltar que tem 47 anos de carreira e 63 discos gravados. “Eu sou cantor. Vou tentar fazer as pazes com o Faustão, quem sabe ele não me convida para me apresentar na Globo? Vou tentar fazer programas de televisão. O cantor está de volta.”

Da vida política, diz que não leva nenhuma mágoa e se orgulha das leis que criou, como a que exige a disponibilização de veículos para transportar pessoas obesas ou com deficiência nos cemitérios.

“Lutei muito pela acessibilidade”, afirma Timóteo, que também ganhou destaque com projetos menos convencionais, como a instituição do "Dia da Saudade" e o "Dia da Família Mineira".

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