Vem aí a Internet das Coisas


Preparem-se para a próxima era da tecnologia, quando nossos objetos domésticos conversarão entre si por meio da rede sem fio. É o que Luli Radfahrer chamou, em artigo publicado na Folha de S.Paulo, de Internet das Coisas.


O professor-doutor de Comunicação Digital na ECA (Escola de Comunicações e Artes) da USP escreveu para o jornal sobre o que está para acontecer, e que só não era realidade até hoje porque a computação em nuvem não era tão boa.

"Nos próximos anos, objetos que até então eram inanimados começarão a falar, ouvir, sentir, interagir, se adaptar e analisar o contexto em que vivem", prevê. "Por mais que o conceito pareça razoavelmente óbvio, antes da Computação em Nuvem ele era inviável, já que o desperdício de processadores e memória em um fogão, televisor ou bicicleta 'inteligentes' não compensaria o investimento."

Ele explica que o que deu a alavancada para o setor foi justamente a infraestrutura, que melhorou, e que no futuro, essas novas tecnologias serão tão comuns quanto se tornaram hoje aparelhos como telefone, tocadores de mp3 etc.

"No começo a mudança será tangível e perceptível, considerada uma bobagem fútil pelos velhos que viveram sem ela e uma obviedade para os que nasceram depois de sua popularização. Com o tempo, esses objetos sensíveis e integrados começarão a trocar informações entre si, agindo em conjunto para aumentar sua eficiência até chegar o ponto em que talvez só as paredes não tenham ouvidos."

É claro que isso deverá parecer estranho, como ressalta Luli, porque implica na "redefinição" do que consideramos hoje como autônomo e privado, mas no futuro haverá quem se pergunte como a sociedade vivia antes. "Restará a seus usuários, novos ou velhos, o discernimento para usá-la conscientemente, já que provavelmente não existirá a opção de uma vida civilizada fora de sua área de influência."
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