Cantor Pedro Leonardo Sai do Coma


A assessora do cantor sertanejo Leonardo, Ede Cury, anunciou por volta das 20h45 deste domingo (20) que Pedro Leonardo teria saído do coma no qual se encontrava há um mês, depois de um acidente de carro, e estaria consciente, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Ede disse que conversou com a mãe de Pedro Leonardo, Maria Aparecida Dantas, que confirmou a informação, na noite deste domingo. A equipe médica do Hospital Sírio-Libanês que cuida de Pedro Leonardo confirmou na noite deste domingo a melhora do cantor.
Apesar de ele ainda se encontrar internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ele está consciente e até respondeu a algumas perguntas dos médicos. Ao ser questionado sobre quem era o pai dele, ele sorriu e respondeu: "Leonardo".  Ede relatou que Pedro Leonardo acorou ao ser instigado pela própria mãe. "Pedro, fala oi pra mãe! Aí ele virou e falou: 'Oi, mãe!'", contou Ede. Em seguida, os médicos entraram na UTI e trocaram os aparelhos da traqueostomia para que ele pudesse falar melhor. Segundo o médico Roberto Kalil Filho, que coordena a equipe, o processo de recuperação do cantor vai entrar em uma nova fase, mas que ainda não é possível saber se ele ficará com sequelas.
O cantor Leonardo fazia show na cidade de Aurilândia, no interior de Goiás, quando foi informado da melhora do quadro de saúde do filho, segundo a Ede Cury.
Na sexta-feira (18), Ede Cury havia informado que Pedro Leonardo seria submetido  a uma cirurgia na próxima semana. O procedimento cirúrgico em Pedro deverá acontecer na próxima terça-feira (22) , dependendo do estado de saúde do artista. Em 9 de maio, Roberto Kalil afirmou que Pedro tem uma fratura na fêmur que necessita de cirurgia, mas a data da intervenção não havia sido definida.
Histórico
Pedro Leonardo se acidentou de carro na manhã do dia 20 de abril, entre as cidades de Araporã e Tupaciguara, em MInas Gerais, quando voltava de um show. Ele foi socorrido e encaminhado para hospital em Itumbiara, Goiás, onde foi submetido a uma cirurgia para retirada do baço. Ele sofreu traumatismo craniano e trauma abdominal e teve de ser colocado em coma induzido. No mesmo dia, foi transferido para hospital de Goiânia.
Em 23 de abril, Pedro Leonardo sofreu uma parada caridorrespiratória. No dia 26, o sertanejo foi transferido para o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. No dia 29 de abril, a equipe médica decidiu suspender a sedação do cantor, para verificar como ele reagiria sem a medicação. Nos últimos dois dias, parentes relataram que ele vinha reagindo, mesmo inconsciente, cada vez mais aos estímulos provocados por amigos e familiares.Retomada de shows
O cantor Thiago afirmou no início da tarde de quarta-feira (16) que seu primo ficará orgulhoso com sua decisão de retomar a agenda de shows. Em mensagens publicadas em sua página pessoal no Twitter, Thiago comentou sobre a volta aos palcos durante o período de recuperação de Pedro.

"Galera, a decisão de dar continuidade na carreira e continuar o sonho da dupla Pedro e Thiago é em conjunto com a família, e tenho certeza... Que Pedro ficara muito orgulhoso dessa atitude! Faço isso tb em respeito aos contratantes que acreditam na nossa dupla e a todas as pessoas que gostam do nosso trabalho!!", escreveu o cantor em três mensagens na rede social. (O G1 manteve o texto original escrito pelo primo do cantor).

A retomada das apresentações foi confirmada pelo empresário da dupla, Doriva Lobo, na semana passada. Segundo ele, a decisão foi tomada durante os últimos dias. "A vida não pode parar, então vamos esperar a volta do Pedro [nos palcos]", disse. Segundo Lobo, Thiago não fez nenhuma apresentação desde o acidente de Pedro, em 20 de abril.
De acordo com Ede Cury, os próximos shows de Thiago irão repor as apresentações que foram canceladas após o acidente. Ainda não há, no entanto, a confirmação dos locais desses shows. “Tudo está dependendo do parecer dos médicos quanto à cirurgia. Depende de como será a recuperação dele [Pedro]”, disse Cury.
Coma
O cantor Pedro Leonardo Dantas da Costa permaneceu internado em coma mesmo dias depois de suspensa a sedação que o mantinha desacordado artificialmente em 29 de abril. Em casos menos graves, o esperado é que o paciente acorde após a retirada dos anestésicos. Mas Pedro não acordou mesmo após a suspensão da sedação.
Pedro sofreu um acidente de carro em 20 de abril próximo ao município de Tupaciguara, em Minas Gerais, quando voltava de um show. Ele foi inicialmente levado ao Hospital Municipal de Itumbiara, em Goiás, onde passou por cirurgia para conter hemorragia abdominal, e foi transferido no mesmo dia para Goiânia. Depois, foi de avião ao hospital em São Paulo.
“Se o paciente voltar à consciência, significa que o coma induzido teve sucesso e o quadro do paciente não era grave. Mas se ele continua em coma, o caso se reverte a um coma clínico, considerado mais grave”, explicou, por ocasião da suspensão da sedação, o neurologista Ademir Baptista Silva, chefe da disciplina de neurologia da Escola Paulista de Medicina da Unifesp, que não faz parte da equipe que trata Pedro Leonardo.
Tipos de coma
O coma é um estado de inconsciência que tem vários graus de resposta e pode acontecer por diferentes razões, como uma pancada na cabeça, uma inflamação, abuso de remédios e mesmo como consequência de um infarto ou derrame, explicou Silva.
O paciente fica em coma induzido justamente para preservar o cérebro das alterações que estão acontecendo em seu organismo por causa das lesões adquiridas no acidente. Como o metabolismo fica mais lento, o paciente consegue resistir aos vários problemas por mais tempo, principalmente se manter o cérebro “quietinho”, disse na ocasião Ademir Silva.
Já o coma clínico é uma resposta do próprio corpo a algum trauma ocorrido no cérebro. A pessoa pode ficar inconsciente mesmo se sofrer uma lesão mínima na região.
“A consciência é quando o cérebro consegue reconhecer e se relacionar com pessoas, mas mesmo inconsciente pode ter reflexos, como a um estimulo doloroso, abrir o olho, mas não consegue manter contato”, disse Silva.O paciente em coma tende a ficar muito tempo deitado na cama de hospital, o que pode ainda causar outros problemas de saúde, como trombose ou atrofia nas pernas. O uso de meias especiais atreladas a um equipamento que aquece os pés do paciente, junto ao uso de remédios anticoagulantes e outros tipos de cuidados realizados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) evitam que isso aconteça.


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