Os policiais da 6ª Cia do 5º BPM, localizado no Bairro Antônio Bezerra, desde o anúncio das paralisações, ocuparam o quartel e passaram a noite nos corredores e pátios do local. Eles usaram colchonetes para dormir e furaram os pneus dos carros policiais para bloquear a saída e a entrada da sede.
O Comando da Polícia Militar de Fortaleza garante que o policiamento da cidade e a segurança das festas de réveillon não vão ser afetadas.
Segundo o presidente da Associação dos Cabos e Soldados Militares do Ceará (ACSMCE), o cabo Flávio Sabino, 800 soldados da companhia já aderiram ao movimento. Além de policiais de Sobral, a 233 km de Fortaleza, e parte do Programa de Policiamento Ronda do Quarteirão.
O comando da polícia diz que o movimento é parcial. “A paralisação é um caso isolado e pontual, fora os militares da 6ª Cia, todas as outras companhias estão normais”, afirma o tenente coronel Fernando Albano. Os policiais militares decidiram na noite de quinta-feira (29), em assembleia, paralisar atividades reivindicando melhores condições de trabalho e salários.
“Queremos negociar, queremos ter nossas reivindicações atendidas. Se isso acontecer todos voltarão ao trabalho”, disse Sabino, acrescentando ainda que está preocupado com a “tensão” que está tomando conta de alguns lugares. As principais reivindicações dos servidores são escala de 40 horas semanais, promoções e reajuste salarial de 80% até o fim de 2015.
Apesar da afirmação o cabo Sabino, o tenente coronel Albano explica que o contingente escalado para a segurança do réveillon de Fortaleza não pertence a 6ª Cia. “Isso foi um acordo previamente fechado e vamos cumprir”, explica o tenente coronel. No que se refere a negociação, Albano afirma que somente o governo poderá se pronunciar sobre o assunto.
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