Coronel Linha-Dura Garante, "Os dignos terão meu apoio, os outros a lei"

Anunciado nesta quinta-feira (29) como o novo comandante-geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro, o coronel Erir Ribeiro Costa Filho, é considerado um linha-dura dentro da PM, intolerante com desvios éticos e corrupção.


Na primeira entrevista como chefe da corporação, Erir já deu um recado à tropa. “Os que me conhecem sabem que os dignos vão ter o meu apoio; para os outros, a lei.”

Costa Filho prometeu uma corregedoria forte, vigilância constante e disse que os comandantes terão de dar o exemplo à tropa. Ele substitui Mário Sérgio Duarte, que pediu demissão na noite de ontem (28).

“A corregedoria será pró-ativa. Quem for pego será punido. A corregedoria vai ter de ser pró-ativa. Vai ser de cima para baixo, para melhorar as instituições, a partir do exemplo dos líderes. O perfil do corregedor é de estar à frente dos problemas que possam surgir”, disse o comandante-geral.

Segundo ele, “combater a corrupção é a obrigação de qualquer comandante” e “a formação acadêmica não faz ninguém digno, vem do berço”.

Na opinião de Costa Filho, um exemplo de trabalho de corregedoria eficiente na corporação ocorreu com a prisão de PMs e o afastamento do comandante e dos subcomandante da UPP do Fallet/Fogueteiro por suspeitas de corrupção.

“A Corregedoria e a inteligência da PM prenderam os maus policiais. É o que tem de ser e vai ser. Os PMs têm de ter ciência de que serão sempre vigiados.”

Questionado sobre a fama de “inflexível”, citada a partir do episódio em que confrontou o deputado estadual Chiquinho da Mangueira, ele disse que “não há ingerência política” na atual administração. Em 2003, quando era comandante do batalhão de São Cristóvão (4º BPM), Erir disse que Chiquinho, então secretário Estadual de Esportes, lhe pediu redução no número de operações no morro da Mangueira para não atrapalhar a venda de drogas.

“Do governo atual, o Brasil todo já sabe que não tem ingerência política. Depende da flexibilidade. Se é para deixar princípios, não tem flexibilidade”, afirmou.
Por:Raphael Gomide
Fonte:iG/RJ

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