Rio Com Epidemia de Dengue

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, decretou na manhã desta quarta-feira (31) estado de alerta na cidade por causa da dengue. O anúncio foi feito diante da possibilidade de aumento significativo do número de casos da doença no verão de 2012.


Eduardo Paes disse que "infelizmente a evolução da dengue na cidade mostra que poderemos ter no verão a maior das epidemias da história, mas, felizmente, há luz no fim do túnel", disse Paes, explicando que Centro de Operações Rio será o quartel general das ações contra a doença.O prefeito anunciou a duplicação do número de agentes de Vigilância em Saúde, e o aumento dos polos de atendimento e de hidratação, além da compra de novos carros e equipamentos. O custo do programa de prevenção e combate à dengue será de R$ 42 milhões até abril, explicou o secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann.
Outra prioridade do combate à dengue neste verão é agilizar as vistorias de imóveis particulares e comerciais, já que, segundo a prefeitura, 82% dos criadouros do mosquito da dengue são encontrados dentro de casas e apartamentos.
Segundo Hans Dohmann, em dois terços dos casos de dengue havia focos do mosquito na casa dos doentes. As áreas da cidade mais afetadas pelo Aedes Aegypti são, segundo o secretário, bairros do Centro, da Zona Norte e da Zona Oeste.
Rio terá mais agentes no combate à doença
O número de agentes no combate à doença também vai subir em 2012. Serão 3.605 agentes em 2012, responsáveis por mil imóveis, contra 1.755 em 2009.
"Não há poder público que possa cuidar de cada casa todos os dias, por isso a participação da população é importante", disse Dohmann.
Em 2011, foram feitas cinco milhões de visitas em imóveis e serão sete milhões em 2012, três vezes mais do que foi feito em 2008.
Fumacês
Em 2009, disse Dohmann, não havia carros fumacê. Para o verão deste ano, e em 2012, serão 40 carros que percorrerão quatro vezes por mês a mesma área para combater o mosquito adulto. Os agentesdeVigilância terão ainda 60 fumacês portáteis.

Agentes de combate ao mosquito com novos
uniformes e equipamentos (Foto: Lilian Quaino/G1)
As ações darão especial atenção às borracharias, que terão que instalar coberturas fixas, ou desmontável onde houver depósitos de pneus, sob risco de ter o material apreendido. Ferros-velhos e cemitérios deverão ser mantidos limpos pelos donos.
Isso, segundo Dohmann, poderá diminuir o número de doentes.
"Mas não há governo que resolva foco de dengue dentro da casa das pessoas", reforçou Paes, dizendo que o cidadão também tem que fazer a sua parte.
"A nossa parte é oferecer um atendimento de saúde eficiente", disse Paes.
Dohmann anunciou que a partir de novembro já estarão em atividade 30 polos de atendimento (no ano passado foram 14) com quatro mil profissionais. Também serão inauguradas 42 novas clínicas da família.
Fonte:G1

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