Exposição Coletiva Meio-Fio NON-SITE

O Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza abrirá no próximo dia 9 (terça-feira), às 19 horas, a exposição coletiva meio-fio NON-SITE, com curadoria de Herbert Rolim.
A mostra apresentará trabalhos do Grupo Meio_Fio de Pesquisa e Ação, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), cujos integrantes são: Alexandre Mourão, Cris Soares, Emanuel Oliveira, Herbert Rolim, Karla Iene, Leimisson Cassimiro, Nivardo Victoriano e Tom Almeida.

A exposição integra a programação do V BNB Agosto da Arte, evento que pretende contribuir no fomento à reflexão sobre a Arte contemporânea. Com entrada franca, ficará em cartaz até 31 de agosto (horários de visitação: terça-feira a sábado, de 10h às 20h; e aos domingos, de 12h às 18h). No dia 25 (quinta-feira), às 18h30, haverá o lançamento do CD-Rom "Arte pública relacional como prática social: Semana de Arte Urbana Benfica - SAUB" e um debate com os coletivos Acidum, Balbucio, grupo cadaFalso, Cia. Pã de Teatro, Curto-Circuito e Meio_Fio.

A ideia de escultura pública relacional, com que o Grupo Meio_Fio de Pesquisa e Ação do IFCE vem trabalhando desde 2008, se amplia com esta exposição, caracterizada pelo conceito operacional de non-site (não-sítio), a partir do pensamento do artista plástico Robert Smithson, na década de 1970,  para quem uma obra realizada num determinado lugar (site), fora do eixo galeria, poderá ser deslocada para o espaço desta por meio de vestígios/registros (fotografias, textos, projetos, documentos, rascunhos), com os quais seu sentido se completa enquanto produção artística.

As intervenções urbanas Praça/Casa (Dezembro de 2008, praça da feira da Gentilândia), Exercício de Calçada (Abril de 2009, calçada do IFCE) e Semana de Arte Urbana Benfica - SAUB (Agosto de 2010, Bairro Benfica), propostas pelo grupo, se expandem no tempo/espaço, deslocando-se, transformando-se e se desdobrando nesta exposição Meio_Fio Non-Site no CCBNB.

Com ela, a poética do processo, em torno das práticas reflexivas que se foram construindo ao longo desses anos, pelo Grupo Meio_Fio de Pesquisa e Ação, em parceria com vários artistas e coletivos, se deu (e continua agindo) no campo das tensões, dos atritos, das relações, dos afetos... configurando-se agora como exposição/obra.

Pode-se dizer que se trata de uma "cartografia" relacional, baseando-se no que a teórica Suely Rolnik entende por este termo, para além do seu sentido tradicional. É com essa dimensão cartográfica que o grupo Meio_Fio se apropria e desenha a "paisagem psicossocial" urbana do Bairro Benfica: resultado da "intensidade" imersiva com que contemporaniza o lugar e "desmancha" seu cotidiano ao mesmo tempo em que (re)cria redes de relações e de conhecimento, assim como oportuniza o desejo e a realização de formar novos códigos culturais e mundos possíveis.
Por:Luciano Sá

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