Que Falta de Absurdo

O livro lançado pelo MEC para o público da EJA (Educação de Jovens e Adultos) contém erros de concordância, fazendo assim com que esse público continue a mercê do analfabetismo funcional.

O nosso querido Paulo Freire, trouxe para esse público, uma forma de aprendizagem a partir do universo do educando, para que a assimilação dos conteúdos fosse mais rápida. Mas não que as palavras de conhecimento de mundo, fossem ensinadas fora da língua padrão. O MEC está totalmente equivocado quanto ao lançamento do livro em questão. E o que mais me chateia é o fato do ministro da Educação Fernando Haddad, dizer que o MEC não tem ingerência sobre a escolha do livro, transferindo toda a responsabilidade para as Universidades Públicas Brasileiras e levando ainda mais adiante, essa responsabilidade para as escolas que escolheram tal obra. O MEC e o senhor Haddad, precisam ter a consciência de que quando os jovens forem à procura de emprego, no vasto campo do mercado de trabalho, falando apenas palavras de seu cotidiano, esses com certeza, irão ficar fora do quadro de profissionais com perfil adequado. Aceitar erro de concordância e tratá-lo apenas como variação linguística  é subestimar a inteligência de milhares de pessoas. Não se deixem enganar... Querem que a nossa Língua Culta seja obsoleto, ou seja, ultrapassado, sem utilidade. Fique esperto e não caia nessa esparrela.

Cleide Araújo

Psicopedagogia

Colunista TvBadaLo Ceara